Eu precisei estes dias comprar óleo de cozinha e fiquei pasmo com o panorama que constatei. O óleo de soja transgênica custando em torno de R$ 3,50 a R$ 4,50 e os outros tipos de óleos de vegetais não transgênicos, como canola, girassol, milho, entre outros, custando no mínimo R$ 8,00. Esta inaceitável diferença vem por uma concorrência desleal e devemos informar a população para que possa tomar uma decisão mais sábia.
A soja transgênica tem um rendimento por área cultivada muito mais barato do que as outras culturas que originam outras variedades de óleos comestíveis. O óleo de soja tem um valor nutricional quando bem utilizado, fornecendo ômega-6, que auxiliam o controle dos níveis de colesterol. O problema é a matéria-prima utilizada que é a soja transgênica. Meu veto ao uso de produtos transgênicos neste momento é que sabe-se muito pouco sobre os efeitos a exposição a estes alimentos. Alguns casos de alergia a alimentos transgênicos já foram registrados. Em relação ao meio ambiente, sabe-se que a introdução de variações transgênicas não são naturais e podem interferir no curso natural dos acontecimentos. Outro fator contra é que não se sabe qual seria o efeito de um gene de uma espécie atuando em outra. Seria em uma comparável, ao não sabermos como uma pata de boi se comportaria em uma pessoa.
O modo como a soja transgênica vem se estabelecendo no Brasil, nos força a parar e refletir se queremos isto. A ST tem a força de empresas como a americana Monsanto, ou a própria Cargill, entre outros. Há uma prática de desmate e desvalorização da terra para que não precisem desembolsar grandes quantias para utilizar aquele trecho, e nisto há uma omissão por parte do governo federal, que deveria fiscalizar de forma mais eficiente.
Contudo, nós meros mortais, mas importantes consumidores, temos uma escolha de NÃO CONSUMIR PRODUTOS DE ORIGEM TRANSGÊNICA. Por nossa saúde, por nosso meio ambiente e por nossa soberania.
domingo, 8 de maio de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Não ser professor...
Eu não consigo ser mais professor. Hoje, infelizmente constatei que não aguento mais esta atividade. Certamente, não foi por falta de tentativa já que acumulo onze anos nesta atividade. Estou triste por várias razões que tentarei explicar.
A primeira delas é sobre minha gratidão com o magistério. Fui muito feliz e colecionei muitos elogios dos alunos, pais, colegas, coordenadores e diretores. Fiz amizades, fiz admiradores e admirei também. Ensinei, porém mais aprendi. Compartilhei. Ganhei dinheiro. Mas o que teria acontecido?
Lecionei em diferentes esferas desde o setor público até o privado, alunos de 10 a 70 anos, do ensino fundamental ao médio.
Quando comecei a lecionar eu ainda estava cursando a faculdade. Foi uma ótima oportunidade de trabalho, pois aliava a necessidade financeira e o prazer de estar trabalhando com um assunto que eu sou apaixonado. Concluí que seria maravilhoso. Eu estaria repartindo o pouco que eu sabia do assunto com os alunos. Seria prazeroso e recompensador. Projeções, meras conjecturas.
Contudo o tempo foi passando, as situações foram acontecendo e as decepções foram se acumulando.
Trabalhando com alunos do ensino fundamental descobri no setor público descobri que a esmagadora maioria dos alunos não querem estudar de forma nenhuma. Isto ocorre por diversos motivos. O principal de muitos, pode parecer absurdo, mas é a mais pura verdade. Os alunos que alcançam a este patamar não sabem ler nem escrever, pelo menos a grande maioria, em números cerca de 70%. Então, me parece lógico que um aluno como este não queira se envolver em qualquer atividade, mas não por não querer, e sim por saber que não tem competência para acompanhar. Logo, qualquer atividade pedagógica como leitura, cópia, ditado e interpretação se tornam um suplicio. Aula é sinônimo de cópia. Explicação,exposição, diálogo sobre o conteúdo era novidade.
O desinteresse também é motivado pela progressão continuada. Este método de trabalho consiste em aprovar o aluno, caso o mesmo não tenha excedido o número de faltas, mesmo que ele não sequer a mínima condição de aproveitamento. E este desinteresse é “infeccioso”, é “contaminante”. Os alunos mais perspicazes percebem que se estudarem e se esforçarem ou não, o resultado é o mesmo, então optam pelo caminho mais fácil. Os alunos de forma geral, são totalmente sabedores de sua condição, por isso aproveitam para não se esforçarem em nada. No final a disciplina é o principal foco do professor que tem que ficar controlando comportamentos inadequados e a parte pedagógica que deveria ser seu foco, simplesmente desaparece.
A estrutura física oferecida tanto na rede pública como na particular são precárias. Falta de tudo que você possa imaginar, desde giz, lousa, carteiras, vidro nas janelas, porta, iluminação, mão-de-obra e material didático. Veja você, ainda estamos falando de lousa e giz, em plena era “digital”. O acesso as novas tecnologias ainda é muito limitado. No caso das escolas públicas o caso é mais grave já que a maioria das edificações foram construídas na década de 70 ainda. Então é óbvio que precisam de uma reestruturação profunda.
Entendo que este modelo de escola, ou educacional, não serve para todos os indivíduos. Há indivíduos que não se encaixam nele ou não precisam, como os autodidatas. Contudo, a educação representa uma via de progresso sócio financeiro. Mais do que isso, representa a única maneira de entender o mundo em que vivemos e como interagir com ele de forma mais participativa, modificado sua própria realidade.
O professor também é parte deste processo e tem sua parcela de responsabilidade. A formação do professor é insuficiente em quantidade e qualidade. Temos diplomas, mas não temos consistência. O professor é muito mau remunerado e não tem um plano de carreira digno. Não há premiação pelos mais esforçados. No setor público, por exemplo, existe uma bonificação que é utilizada com fins políticos, e seus critérios além de serem u mistério, mudam a todo instante. Os estágios são uma farsa e nada acrescentam na formação do futuro professor.
A pedagogia seria um instrumento importante de trabalho mas aborda uma série de questões que servem para o campo filosófico e que não tem serventia na prática. Com isso acaba sendo mais um fator dispersor do que agregador. Além de ser um ninho de oportunistas que possuem as mais variadas fórmulas “mágicas” que farão o aluno aprender num piscar de olhos.
Mas e o sindicato? Este órgão que deveria pleitear melhores condições de trabalho, uma carreira digna, salário compatível, fiscalizar a formação e atuação do professor, entre outras obrigações acabou virando um trampolim político e um covil de interesses trabalhistas.
E o Governo? Ah, este é o setor que tem menos interesse em que a educação seja realmente efetiva. Primeiro porque sabemos que indivíduos com pensamento crítico são perigosos para os interesses inescrupulosos dos políticos. O que o governo quer são dados estatísticos para aparecer na mídia e usar em campanhas políticas.
Considerando tudo que foi narrado acima ainda tem uma coisa que me incomoda mais que tudo. A posição da família em relação a escola. Incluam-se pais, mães, tios, irmãos, responsáveis. A família age como se a escola fosse um local onde a criança passa cerca de cinco horas por dia. A escola por intermédio dos funcionários são obrigados a aceitar comportamentos como arrogância, petulância, prepotência e desrespeito, mas o aluno não tem nenhuma responsabilidade. Esta situação é reflexo do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, diretriz que garante os direitos destes indivíduos mas que não impõem deveres.
Portanto, estamos construindo uma sociedade desequilibrada, alienada com uma visão distorcida da realidade que só quer mas nada oferece
A primeira delas é sobre minha gratidão com o magistério. Fui muito feliz e colecionei muitos elogios dos alunos, pais, colegas, coordenadores e diretores. Fiz amizades, fiz admiradores e admirei também. Ensinei, porém mais aprendi. Compartilhei. Ganhei dinheiro. Mas o que teria acontecido?
Lecionei em diferentes esferas desde o setor público até o privado, alunos de 10 a 70 anos, do ensino fundamental ao médio.
Quando comecei a lecionar eu ainda estava cursando a faculdade. Foi uma ótima oportunidade de trabalho, pois aliava a necessidade financeira e o prazer de estar trabalhando com um assunto que eu sou apaixonado. Concluí que seria maravilhoso. Eu estaria repartindo o pouco que eu sabia do assunto com os alunos. Seria prazeroso e recompensador. Projeções, meras conjecturas.
Contudo o tempo foi passando, as situações foram acontecendo e as decepções foram se acumulando.
Trabalhando com alunos do ensino fundamental descobri no setor público descobri que a esmagadora maioria dos alunos não querem estudar de forma nenhuma. Isto ocorre por diversos motivos. O principal de muitos, pode parecer absurdo, mas é a mais pura verdade. Os alunos que alcançam a este patamar não sabem ler nem escrever, pelo menos a grande maioria, em números cerca de 70%. Então, me parece lógico que um aluno como este não queira se envolver em qualquer atividade, mas não por não querer, e sim por saber que não tem competência para acompanhar. Logo, qualquer atividade pedagógica como leitura, cópia, ditado e interpretação se tornam um suplicio. Aula é sinônimo de cópia. Explicação,exposição, diálogo sobre o conteúdo era novidade.
O desinteresse também é motivado pela progressão continuada. Este método de trabalho consiste em aprovar o aluno, caso o mesmo não tenha excedido o número de faltas, mesmo que ele não sequer a mínima condição de aproveitamento. E este desinteresse é “infeccioso”, é “contaminante”. Os alunos mais perspicazes percebem que se estudarem e se esforçarem ou não, o resultado é o mesmo, então optam pelo caminho mais fácil. Os alunos de forma geral, são totalmente sabedores de sua condição, por isso aproveitam para não se esforçarem em nada. No final a disciplina é o principal foco do professor que tem que ficar controlando comportamentos inadequados e a parte pedagógica que deveria ser seu foco, simplesmente desaparece.
A estrutura física oferecida tanto na rede pública como na particular são precárias. Falta de tudo que você possa imaginar, desde giz, lousa, carteiras, vidro nas janelas, porta, iluminação, mão-de-obra e material didático. Veja você, ainda estamos falando de lousa e giz, em plena era “digital”. O acesso as novas tecnologias ainda é muito limitado. No caso das escolas públicas o caso é mais grave já que a maioria das edificações foram construídas na década de 70 ainda. Então é óbvio que precisam de uma reestruturação profunda.
Entendo que este modelo de escola, ou educacional, não serve para todos os indivíduos. Há indivíduos que não se encaixam nele ou não precisam, como os autodidatas. Contudo, a educação representa uma via de progresso sócio financeiro. Mais do que isso, representa a única maneira de entender o mundo em que vivemos e como interagir com ele de forma mais participativa, modificado sua própria realidade.
O professor também é parte deste processo e tem sua parcela de responsabilidade. A formação do professor é insuficiente em quantidade e qualidade. Temos diplomas, mas não temos consistência. O professor é muito mau remunerado e não tem um plano de carreira digno. Não há premiação pelos mais esforçados. No setor público, por exemplo, existe uma bonificação que é utilizada com fins políticos, e seus critérios além de serem u mistério, mudam a todo instante. Os estágios são uma farsa e nada acrescentam na formação do futuro professor.
A pedagogia seria um instrumento importante de trabalho mas aborda uma série de questões que servem para o campo filosófico e que não tem serventia na prática. Com isso acaba sendo mais um fator dispersor do que agregador. Além de ser um ninho de oportunistas que possuem as mais variadas fórmulas “mágicas” que farão o aluno aprender num piscar de olhos.
Mas e o sindicato? Este órgão que deveria pleitear melhores condições de trabalho, uma carreira digna, salário compatível, fiscalizar a formação e atuação do professor, entre outras obrigações acabou virando um trampolim político e um covil de interesses trabalhistas.
E o Governo? Ah, este é o setor que tem menos interesse em que a educação seja realmente efetiva. Primeiro porque sabemos que indivíduos com pensamento crítico são perigosos para os interesses inescrupulosos dos políticos. O que o governo quer são dados estatísticos para aparecer na mídia e usar em campanhas políticas.
Considerando tudo que foi narrado acima ainda tem uma coisa que me incomoda mais que tudo. A posição da família em relação a escola. Incluam-se pais, mães, tios, irmãos, responsáveis. A família age como se a escola fosse um local onde a criança passa cerca de cinco horas por dia. A escola por intermédio dos funcionários são obrigados a aceitar comportamentos como arrogância, petulância, prepotência e desrespeito, mas o aluno não tem nenhuma responsabilidade. Esta situação é reflexo do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, diretriz que garante os direitos destes indivíduos mas que não impõem deveres.
Portanto, estamos construindo uma sociedade desequilibrada, alienada com uma visão distorcida da realidade que só quer mas nada oferece
segunda-feira, 25 de abril de 2011
LÓGICA PERVERSA
Você já se deu conta de quanto você controla sua vida e suas escolhas?
Temos hora para acordar. Temos hora para trabalhar, oito horas por dia quando não mais. Temos hora para se divertir. Você não controla seus horários, eles são determinados por outros aspectos da sua vida.
A moda dita como você irá se vestir.
O tamanho do salário escolhe a profissão.
A mídia, TV, rádio, cinema, internet, jornais, tem uma influência determinante no perfil psicológico da população. Por intermédio do que a psicologia chama de “mensagens subliminares”, somos levados a tomar decisões das mais variadas naturezas sem sequer percebemos que somos induzidos. Isto impacta diretamente sobre o consumo, nos forçando a gastar o parco salário que recebemos em “produtos” muitas vezes fúteis.
Com um parco salário, você e seus filhos, sobrinhos, netos, não terão acesso as melhores escolas. Será obrigado a utilizar a rede de ensino pública para proporcionar alguma formação para este jovem. Descobrirá que ele jamais concorrerá para uma vaga de medicina ou direito na USP. Então terá que optar pela particular, mas como não tem dinheiro não cursa. E quando o faz tem que pedir algum tipo de empréstimo e ainda por cima aceitar uma qualidade duvidada pelo mercado de trabalho.
A religião determina como devem ser seus costumes morais.
Enfim, se refletirmos profundamente descobriremos que a maior parte das nossas escolhas já foram escolhidas por outros, e somos apenas marionetes.
Então fica a questão: “Temos realmente liberdade?”
A esperança está na “Democracia”! Este maravilhoso sistema de governo onde o poder emana do povo, que escolhe os seus representantes pelo voto direto. Se olharmos com cuidado constataremos que neste campo político não existem mais ideias. Os ideais se esvaíram com a “Globalização”. Há uma imposição, tão surda que obriga quase todos os países a adotarem a própria democracia. Mas vamos votar em quem: em uma analfabeto ou em um ex-presidente deposto do governo?
A conclusão de toda esta lógica é de que criamos um monstro que é maior do todos os setores da sociedade juntos: O CAPITAL! Toda estas situações descritas servem apenas a um único fim, que é acumular mais e mais dinheiro. Pode parecer paranóico mas é perverso.
Temos hora para acordar. Temos hora para trabalhar, oito horas por dia quando não mais. Temos hora para se divertir. Você não controla seus horários, eles são determinados por outros aspectos da sua vida.
A moda dita como você irá se vestir.
O tamanho do salário escolhe a profissão.
A mídia, TV, rádio, cinema, internet, jornais, tem uma influência determinante no perfil psicológico da população. Por intermédio do que a psicologia chama de “mensagens subliminares”, somos levados a tomar decisões das mais variadas naturezas sem sequer percebemos que somos induzidos. Isto impacta diretamente sobre o consumo, nos forçando a gastar o parco salário que recebemos em “produtos” muitas vezes fúteis.
Com um parco salário, você e seus filhos, sobrinhos, netos, não terão acesso as melhores escolas. Será obrigado a utilizar a rede de ensino pública para proporcionar alguma formação para este jovem. Descobrirá que ele jamais concorrerá para uma vaga de medicina ou direito na USP. Então terá que optar pela particular, mas como não tem dinheiro não cursa. E quando o faz tem que pedir algum tipo de empréstimo e ainda por cima aceitar uma qualidade duvidada pelo mercado de trabalho.
A religião determina como devem ser seus costumes morais.
Enfim, se refletirmos profundamente descobriremos que a maior parte das nossas escolhas já foram escolhidas por outros, e somos apenas marionetes.
Então fica a questão: “Temos realmente liberdade?”
A esperança está na “Democracia”! Este maravilhoso sistema de governo onde o poder emana do povo, que escolhe os seus representantes pelo voto direto. Se olharmos com cuidado constataremos que neste campo político não existem mais ideias. Os ideais se esvaíram com a “Globalização”. Há uma imposição, tão surda que obriga quase todos os países a adotarem a própria democracia. Mas vamos votar em quem: em uma analfabeto ou em um ex-presidente deposto do governo?
A conclusão de toda esta lógica é de que criamos um monstro que é maior do todos os setores da sociedade juntos: O CAPITAL! Toda estas situações descritas servem apenas a um único fim, que é acumular mais e mais dinheiro. Pode parecer paranóico mas é perverso.
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