domingo, 8 de maio de 2011

Soja transgênica

Eu precisei estes dias comprar óleo de cozinha e fiquei pasmo com o panorama que constatei. O óleo de soja transgênica custando em torno de R$ 3,50 a R$ 4,50 e os outros tipos de óleos de vegetais não transgênicos, como canola, girassol, milho, entre outros, custando no mínimo R$ 8,00. Esta inaceitável diferença vem por uma concorrência desleal e devemos informar a população para que possa tomar uma decisão mais sábia.
A soja transgênica tem um rendimento por área cultivada muito mais barato do que as outras culturas que originam outras variedades de óleos comestíveis. O óleo de soja tem um valor nutricional quando bem utilizado, fornecendo ômega-6, que auxiliam o controle dos níveis de colesterol. O problema é a matéria-prima utilizada que é a soja transgênica. Meu veto ao uso de produtos transgênicos neste momento é que sabe-se muito pouco sobre os efeitos a exposição a estes alimentos. Alguns casos de alergia a alimentos transgênicos já foram registrados. Em relação ao meio ambiente, sabe-se que a introdução de variações transgênicas não são naturais e podem interferir no curso natural dos acontecimentos. Outro fator contra é que não se sabe qual seria o efeito de um gene de uma espécie atuando em outra. Seria em uma comparável, ao não sabermos como uma pata de boi se comportaria em uma pessoa.
O modo como a soja transgênica vem se estabelecendo no Brasil, nos força a parar e refletir se queremos isto. A ST tem a força de empresas como a americana Monsanto, ou a própria Cargill, entre outros. Há uma prática de desmate e desvalorização da terra para que não precisem desembolsar grandes quantias para utilizar aquele trecho, e nisto há uma omissão por parte do governo federal, que deveria fiscalizar de forma mais eficiente.
Contudo, nós meros mortais, mas importantes consumidores, temos uma escolha de NÃO CONSUMIR PRODUTOS DE ORIGEM TRANSGÊNICA. Por nossa saúde, por nosso meio ambiente e por nossa soberania.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Não ser professor...

Eu não consigo ser mais professor. Hoje, infelizmente constatei que não aguento mais esta atividade. Certamente, não foi por falta de tentativa já que acumulo onze anos nesta atividade. Estou triste por várias razões que tentarei explicar.
A primeira delas é sobre minha gratidão com o magistério. Fui muito feliz e colecionei muitos elogios dos alunos, pais, colegas, coordenadores e diretores. Fiz amizades, fiz admiradores e admirei também. Ensinei, porém mais aprendi. Compartilhei. Ganhei dinheiro. Mas o que teria acontecido?
Lecionei em diferentes esferas desde o setor público até o privado, alunos de 10 a 70 anos, do ensino fundamental ao médio.
Quando comecei a lecionar eu ainda estava cursando a faculdade. Foi uma ótima oportunidade de trabalho, pois aliava a necessidade financeira e o prazer de estar trabalhando com um assunto que eu sou apaixonado. Concluí que seria maravilhoso. Eu estaria repartindo o pouco que eu sabia do assunto com os alunos. Seria prazeroso e recompensador. Projeções, meras conjecturas.
Contudo o tempo foi passando, as situações foram acontecendo e as decepções foram se acumulando.
Trabalhando com alunos do ensino fundamental descobri no setor público descobri que a esmagadora maioria dos alunos não querem estudar de forma nenhuma. Isto ocorre por diversos motivos. O principal de muitos, pode parecer absurdo, mas é a mais pura verdade. Os alunos que alcançam a este patamar não sabem ler nem escrever, pelo menos a grande maioria, em números cerca de 70%. Então, me parece lógico que um aluno como este não queira se envolver em qualquer atividade, mas não por não querer, e sim por saber que não tem competência para acompanhar. Logo, qualquer atividade pedagógica como leitura, cópia, ditado e interpretação se tornam um suplicio. Aula é sinônimo de cópia. Explicação,exposição, diálogo sobre o conteúdo era novidade.
O desinteresse também é motivado pela progressão continuada. Este método de trabalho consiste em aprovar o aluno, caso o mesmo não tenha excedido o número de faltas, mesmo que ele não sequer a mínima condição de aproveitamento. E este desinteresse é “infeccioso”, é “contaminante”. Os alunos mais perspicazes percebem que se estudarem e se esforçarem ou não, o resultado é o mesmo, então optam pelo caminho mais fácil. Os alunos de forma geral, são totalmente sabedores de sua condição, por isso aproveitam para não se esforçarem em nada. No final a disciplina é o principal foco do professor que tem que ficar controlando comportamentos inadequados e a parte pedagógica que deveria ser seu foco, simplesmente desaparece.
A estrutura física oferecida tanto na rede pública como na particular são precárias. Falta de tudo que você possa imaginar, desde giz, lousa, carteiras, vidro nas janelas, porta, iluminação, mão-de-obra e material didático. Veja você, ainda estamos falando de lousa e giz, em plena era “digital”. O acesso as novas tecnologias ainda é muito limitado. No caso das escolas públicas o caso é mais grave já que a maioria das edificações foram construídas na década de 70 ainda. Então é óbvio que precisam de uma reestruturação profunda.
Entendo que este modelo de escola, ou educacional, não serve para todos os indivíduos. Há indivíduos que não se encaixam nele ou não precisam, como os autodidatas. Contudo, a educação representa uma via de progresso sócio financeiro. Mais do que isso, representa a única maneira de entender o mundo em que vivemos e como interagir com ele de forma mais participativa, modificado sua própria realidade.
O professor também é parte deste processo e tem sua parcela de responsabilidade. A formação do professor é insuficiente em quantidade e qualidade. Temos diplomas, mas não temos consistência. O professor é muito mau remunerado e não tem um plano de carreira digno. Não há premiação pelos mais esforçados. No setor público, por exemplo, existe uma bonificação que é utilizada com fins políticos, e seus critérios além de serem u mistério, mudam a todo instante. Os estágios são uma farsa e nada acrescentam na formação do futuro professor.
A pedagogia seria um instrumento importante de trabalho mas aborda uma série de questões que servem para o campo filosófico e que não tem serventia na prática. Com isso acaba sendo mais um fator dispersor do que agregador. Além de ser um ninho de oportunistas que possuem as mais variadas fórmulas “mágicas” que farão o aluno aprender num piscar de olhos.
Mas e o sindicato? Este órgão que deveria pleitear melhores condições de trabalho, uma carreira digna, salário compatível, fiscalizar a formação e atuação do professor, entre outras obrigações acabou virando um trampolim político e um covil de interesses trabalhistas.
E o Governo? Ah, este é o setor que tem menos interesse em que a educação seja realmente efetiva. Primeiro porque sabemos que indivíduos com pensamento crítico são perigosos para os interesses inescrupulosos dos políticos. O que o governo quer são dados estatísticos para aparecer na mídia e usar em campanhas políticas.
Considerando tudo que foi narrado acima ainda tem uma coisa que me incomoda mais que tudo. A posição da família em relação a escola. Incluam-se pais, mães, tios, irmãos, responsáveis. A família age como se a escola fosse um local onde a criança passa cerca de cinco horas por dia. A escola por intermédio dos funcionários são obrigados a aceitar comportamentos como arrogância, petulância, prepotência e desrespeito, mas o aluno não tem nenhuma responsabilidade. Esta situação é reflexo do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, diretriz que garante os direitos destes indivíduos mas que não impõem deveres.
Portanto, estamos construindo uma sociedade desequilibrada, alienada com uma visão distorcida da realidade que só quer mas nada oferece

segunda-feira, 25 de abril de 2011

LÓGICA PERVERSA

Você já se deu conta de quanto você controla sua vida e suas escolhas?
Temos hora para acordar. Temos hora para trabalhar, oito horas por dia quando não mais. Temos hora para se divertir. Você não controla seus horários, eles são determinados por outros aspectos da sua vida.
A moda dita como você irá se vestir.
O tamanho do salário escolhe a profissão.
A mídia, TV, rádio, cinema, internet, jornais, tem uma influência determinante no perfil psicológico da população. Por intermédio do que a psicologia chama de “mensagens subliminares”, somos levados a tomar decisões das mais variadas naturezas sem sequer percebemos que somos induzidos. Isto impacta diretamente sobre o consumo, nos forçando a gastar o parco salário que recebemos em “produtos” muitas vezes fúteis.
Com um parco salário, você e seus filhos, sobrinhos, netos, não terão acesso as melhores escolas. Será obrigado a utilizar a rede de ensino pública para proporcionar alguma formação para este jovem. Descobrirá que ele jamais concorrerá para uma vaga de medicina ou direito na USP. Então terá que optar pela particular, mas como não tem dinheiro não cursa. E quando o faz tem que pedir algum tipo de empréstimo e ainda por cima aceitar uma qualidade duvidada pelo mercado de trabalho.
A religião determina como devem ser seus costumes morais.
Enfim, se refletirmos profundamente descobriremos que a maior parte das nossas escolhas já foram escolhidas por outros, e somos apenas marionetes.
Então fica a questão: “Temos realmente liberdade?”
A esperança está na “Democracia”! Este maravilhoso sistema de governo onde o poder emana do povo, que escolhe os seus representantes pelo voto direto. Se olharmos com cuidado constataremos que neste campo político não existem mais ideias. Os ideais se esvaíram com a “Globalização”. Há uma imposição, tão surda que obriga quase todos os países a adotarem a própria democracia. Mas vamos votar em quem: em uma analfabeto ou em um ex-presidente deposto do governo?
A conclusão de toda esta lógica é de que criamos um monstro que é maior do todos os setores da sociedade juntos: O CAPITAL! Toda estas situações descritas servem apenas a um único fim, que é acumular mais e mais dinheiro. Pode parecer paranóico mas é perverso.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O homem e o meio ambiente

Estamos vivendo um período onde muito se fala, muito se noticia, pouco se investiga, ganha-se muito dinheiro, mas pouco se faz para preservá-lo. O ser humano é produto do meio onde viveu milhares de anos e não pode viver isoladamente deste. O curioso é que somos parte da natureza e não à parte como muitos pensam. Não estamos acima, nem abaixo. O ser humano tem suas próprias características, algumas destas únicas, outras muito semelhantes a outros seres vivos. Compartilhamos este planeta com todos os tipos de seres vivos que aqui existem, porém não os respeitamos com o devido valor.
O óbvio é que reconhecemos, pelo menos os mais conscientes, de que a ação do homem sobre este ambiente que o cerca esta modificando o mesmo, e possibilidade de vida de outros tipos. Concluímos portanto que se os recursos são finitos, a população de seres humanos não pode continuar aumentando.
Muito se fala em preservar os oceanos, buscar um combustível menos poluente, energias alternativas não poluentes, reciclagem de lixo, sustentabilidade, entre outros temas, mas pouco se fala da verdadeira causa: O Homem.
Sim, porque a verdadeira causa da poluição do ar, água, solo, desmatamento, assoreamento de rios, ambientes sinantrópicos, SOMOS NÓS MESMOS!
Nenhum programa de governo aborda este tema porque sabe que enfrentará uma resistência muito grande por parte por exemplo, da igreja católica, além de outros segmentos.
O fato é que devemos enfrentar a realidade, queremos conservar a Amazônia ou desenvolver as cidades e municípios; queremos conservar nossa água ou aumentar as vendas de veículos; queremos fabricar armas ou manter a biodiversidade; enfim questões básicas que devemos responder rapidamente.
O planejamento familiar é uma solução para este problema, além da própria educação formal. Quando se planeja esta ação as possibilidades de termos um problema social diminuem. A distribuição de métodos contraceptivos deveria ser uma preocupação constante dos governos.
Se temos a intenção de preservar a natureza, devemos planejar todas as nossas ações, principalmente aquela que aumenta o número de indivíduos sem o ambiente suportar esta carga.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Educação X Distribuição de Riqueza

Acredito que o Brasil tem um sério problema do qual derivam praticamente todos os outros. 
Quando falamos de Brasil alguns observam que em termos de volume econômico somos um país que tem relevância no cenário internacional. Mas como diria uma música: "...de frente pro mar, mas de costas pra favela....". Isto é, Somos realmente um país rico, e esta riqueza esta superconcentrada nas mãos de uma minoria. Sim, mas qual relação com a educação?
A falta de educação se reflete nesta distribuição de renda, e é justamente onde se instala o caos social que vivemos este momento neste país.
Proporcionar uma educação de qualidade, significa romper com este modelo e investir pesadamente neste campo, e paralelamente uma política permanente de qualidade na educação.
Precisamos de creches e escolas em tempo integral. Espaços onde a criança e o jovem possam passar o dia, realizando atividades como leitura, música, esporte, lazer, entre outros. Um lugar onde possa receber atendimento médico-odontológico e assistência social.
Quando oferecermos uma educação de qualidade para a população pobre, esta terá condições de alcançar melhores postos de trabalho no mercado, refletindo assim na sua condição material.
Um exemplo latente é o Rio de Janeiro. O tráfico ocupou o papel que o Estado deveria estar desenvolvendo. E é aí que vemos jovens, crianças, empunhado armas e fuzis, quando na verdade deveriam estar na escola.
A justiça social só se fará presente quando tivermos educação de qualidade. Quando digo educação, não são as estatísticas que o governo apresenta, e sim a realidade da sala de aula. A realidade de termos alunos ingressando em faculdades e universidades com problemas graves de formação, como por exemplo a leitura.
Não quero discutir o modelo da progressão continuada, mas o seu resultado  já é notório que é um desastre. Os alunos saem da escola pública com a ilusão que poderão concorrer as vagas de medicina na USP e quando se deparam com a real situação ficam sem entender a causa desta situação.
Chega de "PEDAGOGUÊS"!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Paz para o Brasil e o Mundo

Nestas últimas semanas estamos assistindo a uma guerra civil no Rio de Janeiro. Não por acaso. Esta guerra é consequência de décadas de omissão do Estado nos morros. Se o Estado não ocupa o crime preenche. Não porque uma criança ou um jovem goste de se envolver nesta cena, mas na maioria dos casos trata-se de necessidade. Sustentar a família, irmãos mais novos, comida, remédio, etc. E convenhamos ocupou muito bem esta lacuna deixada pelo Estado. Mesmo caso em outros países, inclusive vizinhos nossos.
Mas qual a solução?
A solução passa pela urbanização ordenada e racional destas comunidades, construção de creches e escolas em tempo integral, postos de saúde, hospitais, políticas voltadas para aumento da oferta de emprego, entre outras ações.
O fenômeno da violência não fica restrito ao Rio de Janeiro, aqui em São Paulo os números são alarmantes, mas acabam se diluindo na extensão da cidade, ainda que os números não sejam totalmente confiáveis. Os números ficam próximos da guerra no Iraque.
No Brasil o grande vilão da violência são as armas de fogo. Se houvesse uma lei do tipo "...civis não devem portar armas...", certamente estes números cairiam. Há poucos anos atrás tivemos a oportunidade de modificar isto mas por pressão e lobby das fabricantes de armas não conseguimos, o poder econômico falou mais alto sobre  a razão.
Agora o que podemos fazer é agir localmente. Evite discutir em brigas de trânsito, em bares, no metrô, no ônibus, etc. Nunca sabemos se a pessoa pode estar armada ou não. Portanto, não corra riscos desnecessários.
Devemos educar as crianças a se compreenderem e amarem. E talvez, algumas gerações a frente possamos mudar este cenário